3 de fev. de 2014

Passeios ecológicos em Paraty (Paraty parte 4)

Já contei aqui no blog das belezuras do Centro Histórico de Paraty, das praias da cidade e região e das maravilhas de Trindade.

Mas não acaba por aí! Paraty é um lugar com riquezas variadas e guarda ainda outros tantos tesouros naturais e… etílicos!

Por estar na área englobada pelo Parque Nacional Serra da Bocaina - zona protegida de Mata Atlântica, que vai de Angra dos Reis, sul do estado do Rio, a Ubatuba, norte de São Paulo - Paraty oferece outras opções de lazer para quem gosta de meio do mato: rio, caminhadas por trilhas, cachoeiras, arvorismo, passeios a cavalo e rafting.



Quem gosta de uma cachacinha também vai poder se deliciar! Na região há muitos alambiques que podem ser visitados e as suas produções, degustadas.


Aqui vão algumas sugestões de passeios ecológicos bem legais para se fazer nas redondezas de Paraty:


Cachoeiras

Como não é só de praias que vive (e se refresca) o homem, a região de Paraty tem algumas belas cachoeiras!

Entre elas, a que tem fama de mais linda é a Cachoeira da Pedra Branca, que fica bem perto da cidade. Além de belas quedas, tem um poço bem legal para um bom mergulho.

O acesso é fácil e, para chegar, siga pela estrada Paraty-Cunha até a Ponte Branca. Passada a ponte, vire à direita e vá até o final da estradinha, onde fica a trilha que dá acesso à cachoeira. Por estar em uma propriedade particular, a entrada é paga.

Cachoeira da Pedra Branca (fonte: paraty.com.br)

Já o título de mais divertida vai, sem dúvida, para a Cachoeira do Tobogã! Ela ganhou o apelido por servir de "parque de diversão" para nativos e visitantes, já que sua grande pedra inclinada e escorregadia vira um grande tobogã natural. Os meninos da região dão um verdadeiro show de coragem e habilidade ao deslizarem pedra abaixo em pé, com um pé só, de costas e o que mais inventarem (crianças, não tentem isso em casa!).

A cachoeira fica a 10 km da cidade, na beira da estrada Paraty-Cunha, que é asfaltada. Quem estiver sem carro, não precisa se preocupar: há ônibus de linha para o lugar desde a rodoviária de Paraty. Outra  possibilidade é ir de bicicleta - o que só recomendo para os que tem fôlego e preparo para concluir um trajeto com subidas longas (o que não é o meu caso, como conto alguns parágrafos abaixo...).



"Surfista de cachoeira" na Cachoeira do Tobogã



Alambiques


Paraty é grande produtora de cachaça e, para quem gosta, não faltam lugares para degustar e comprar a bebida. A pinga é tão famosa que a cidade sedia, todo ano, o Festival da Cachaça, em agosto, quando a Paraty lota!

A caninha típica da cidade é a Gabriela Cravo e Canela que, como o nome já diz, é a cachaça curtida com tais especiarias. Garanto que até os não muito fãs da bebida vão se render!

Os principais alambiques ficam na estrada Paraty-Cunha, alguns localizados em grandes e belas fazendas. Neles é possível degustar as principais cachaças da casa, comprar as bebida por bons preços, além de poder levar pra casa deliciosos doces caseiros. As cachaças Água BrancaCoqueiro e Maria Izabel estão entre as mais conhecidas da produção local.


Passeios de jeep

Quem prefere tours guiados pode fazer um passeio em jeep 4x4, oferecido pelas principais agências da cidade. Os veículos saem de Paraty com destino à Serra da Bocaina e percorrem trilhas no meio da mata. No roteiro estão cachoeiras, alambiques, fazendas e parada para almoço em um restaurante ecológico. Tudo com acompanhamento de guias, ao custo médio de R$ 50,00 por pessoa. Uma opção para os que tem menos tempo para conhecer os atrativos da região.

As agências oferecem também outras opções de passeios, como cavalgadas por trilhas na Mata Atlântica e visita ao parque Paraty Sports Aventura, que inclui arvorismo, tirolesa, rapel e canionismo.

A maior e principal agência de Paraty, para esses e outros tantos passeios, é a Paraty Tours. Os preços nem sempre são os melhores, vale a pena pesquisar.


Passeios de bicicleta

Alugar uma bicicleta para passear pela cidade e pelos cantinhos mais afastados é outro programa delícia em Paraty! No Centro Histórico é difícil pedalar, por causa do calçamento de pedras. Mas fora dessa área a cidade é convidativa aos ciclistas, já que é plana em grande parte do centro comercial, onde há, inclusive, ciclovias na principal avenida.

Com a bicicleta dá para ir a pontos como a Praia do Pontal, a alguns alambiques e até a cachoeiras. É uma forma agradável e limpa de passear e conhecer a cidade e seus arredores!




É (um) barato! alugar bicicletas na Paraty Bikes! Rodamos um tanto pela cidade atrás de bicicletas para alugar a preços que considerássemos justos. Encontramos essa loja no Centro Histórico, que tem, além de boas bicicletas normais, as opções motorizadas. O aluguel das bikes é por hora e não pelo dia todo, como na maioria das agências da cidade - ou seja, você só paga o tempo que realmente usa. O dono, um simpático e descolado senhor angolano, há alguns anos veio curtir a aposentadoria em Paraty e abriu o negócio. Chore com ele um desconto, vai que acontece… só não conta que foi sugestão minha!

Paraty Bikes - Rua Domingos Gonçalves Abreu nº 16 (junto aos Correios).  Tel (24) 3371-8334.



Minha experiência ciclística em Paraty...

Alugamos bicicletas com a intenção de ir à Cachoeira do Tobogã, que fica a 10 km do centro da cidade. Pensei: "Tranquilo, vivo pedalando mais que no Rio". Perguntei a alguns moradores, que me disseram:  "Tranquilo!". Confiei em mim e neles e fui!

No início, tudo realmente tranquilo: o trajeto pela estrada asfaltada entre Paraty e Cunha é calmo, tem pouco trânsito e é muito agradável, cercado de mata e pássaros por todos os lados. É também  completamente plano - ou seja, o paraíso para ciclistas não muito atléticos como eu!

Estrada Paraty-Cunha, cercada de beleza por todos os lados!

Tudo correu muito bem até cerca de metade do caminho, onde encontramos a Porte Branca, que passa sobre o rio Perequê-Açu. O visual é muito bonito!






Dali pra frente… só s-u-b-i-d-a! Leve mas longa e constante, sem pausa, dó nem piedade! Por mais que meu namorado tentasse me dar aquela força, empurrando de vez em quando enquanto pedalava, não teve jeito: meu fôlego, a bicicleta e eu ficamos no quilômetro 7, a apenas 3.000 metros (de subida…) do nosso destino final! Claro que fiquei frustrada, mas não teve jeito.

Mas, como acredito que esses esforços físicos excessivos são sempre compensados de alguma forma - uma vista fantástica, um mergulho revigorante ou a praia pefeita - acabei tendo meu prêmio: perdi o fôlego exatamente em frente ao lindo restaurante/parque ecológico Vila Verde, onde há pequenas poços de rio para banho, uma boa truta defumada e sucos deliciosos pra recuperar a energia! Ainda encontramos a amiga aí debaixo, tomando um sol bem "tranquila" na beira do rio…













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